O que está em jogo na reflexão sobre o suicídio?
João Marcos Fernandes Fagundes Neves
Bacharel em Filosofia - Claretiano
Várias áreas do conhecimento desenvolveram teses, estudos e questionamentos sobre a morte voluntária, como a sociologia, a teologia, e a psicologia. A literatura, embora em muito seja considerada ficcional, recria e transmite, através da mimese, a realidade como ela se apresenta. Ela sempre se mostrou um campo favorável a essa discussão. É certo que em todos os séculos da literatura a problemática da morte voluntária se fez presente. Muitos literatos versaram sobre essa temática; um deles foi Dostoiévski, ao narrar o suicídio de Kirilov no romance Os demônios e as motivações suicidas do protagonista homônimo do conto O sonho de um homem ridículo. No que segue, discutiremos o suicídio a partir do conto, pois ele reelabora a discussão do suicídio e desperta no leitor reflexões sobre o assunto.
Outro autor que discutiu o nosso tema e também transita entre a literatura e a filosofia é Albert Camus. Na obra de Camus é possível reconhecer a importância da reflexão dostoievskiana e do seu respectivo questionamento sobre o absurdo e o sentido da vida. N'O mito de Sísifo, o autor busca tratar da relação entre o pensamento individual e o suicídio. De fato, a problemática da morte voluntária se situa no âmbito individual e não apenas social como considerava Durkheim?
Quando refletimos sobre o suicídio, o que está em jogo? O que visamos apresentar abaixo é duas formas de encarar o mesmo fato: literária e filosoficamente há algo que está sempre em jogo: a transcendência? A imanência? O suicídio seria uma solução?
Os fundamentos do problema: a questão camusiana
A existência humana é marcada por muitos questionamentos, no entanto, nenhum é maior do que julgar o valor da vida. Por isso Camus considerar que “só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia” (CAMUS, 2019, p. 17). Tal questão é mais urgente e fulcral que qualquer outra, visto as “ações a que ela se compromete” (CAMUS, 2019, p. 17). E, como para Camus (2019, p. 18), os problemas essenciais são os que oferecem risco de morte ou a multiplicação da razão de viver, não se chegariam às vias de fato senão por questões que considerassem válidas.
Camus trata, em seu ensaio O Mito de Sísifo, “da relação entre o pensamento individual e o suicídio” (CAMUS, 2019, p. 18). Por muitas vezes o gesto definitivo ser concebido no silêncio do coração, Camus se interessa pela individualidade dessa ação, já que “o verme se encontra no coração do homem. Lá é que se deve procurá-lo” (CAMUS, 2019, p. 19). Do cansaço frente aos desabamentos de cenários, das constatações da insensatez da rotina, “começa, isto é o mais importante” (CAMUS, 2019, p. 27), os princípios do despertar do homem.
O modo como Camus nos apresenta o absurdo, pode ser entendido a partir de uma dupla percepção, ou níveis, a saber: (1) o nível do sentimento; para Camus (2019, p. 25-26), “numa esquina qualquer, o sentimento do absurdo pode bater no rosto de um homem qualquer”. Esse sentimento do absurdo é o primeiro passo e tomará sua forma no (2) nível da consciência; nesse nível, tendo percebido a lassidão dos atos, inaugura-se “um movimento da consciência. Ela o desperta e provoca sua continuação. A continuação é um retorno inconsciente aos grilhões, ou é o despertar definitivo” (CAMUS, 2019, p. 27-28).
O homem vive diante da realidade inerente da morte; contudo, a ela ainda ignora. Toda a sua vida é pautada e direcionada a longo prazo. A vida é sufocada por uma desgastante rotina que o cega impedindo de ver a realidade, mas “um belo dia surge o porquê” (CAMUS, 2019, p. 27); é o momento da aquisição da consciência que permite ao homem dar os seu primeiros passos rumo à sua liberdade.
É na orfandade desse exílio, na constatação de que a vida não tem sentido a priori, que o sentimento do absurdo desperta. Resultado de uma contraposição relacional do homem com
o mundo: “não pode haver absurdo fora de um espírito humano. Por isso o absurdo acaba, como todas as coisas, com a morte. Mas tampouco pode haver absurdo fora deste mundo” (CAMUS, 2019, p. 45).
À sua maneira, o suicida resolveria o problema da absurdidade; essa não é, contudo, uma atitude coerente, uma vez que, anulando o confronto entre os pontos, tal ato representaria uma fuga da realidade, pois “negar um dos termos da oposição na qual se vive é fugir dela” (CAMUS, 2019, p. 67-68). A absurdidade apresenta, então, como modo de superação, duas opções: a esperança ou suicídio.Nesse sentido, para o homem absurdo camusiano, não há deus e a esperança deve ser superada. Deve-se recusar toda aposta, todo salto. Há, no entanto, quem prefira as formas de escape. Sejam elas quais forem, não deixam de ser suicídio. Todo esforço empregado nessas ações nada fazem senão conduzir o homem ao abismo. Assim, o filósofo acredita que para responder coerentemente ao absurdo, a revolta é a legítima manifestação do homem, pois “o absurdo só morre quando viramos as costas para ele” (CAMUS, 2019, p. 68). logo, a essa falta de sentido lógico da existência, o suicídio não pode ser visto como uma resposta. É preciso viver para que o absurdo viva; é preciso contemplá-lo. Por isso, há necessidade da revolta.
É diante dessa “condição injusta e incompreensível” (CAMUS, 1996, p. 21) que nasce a revolta. Ela concede ao homem a possibilidade de dar valor à sua vida restaurando a sua grandeza dominada pelo absurdo. Camus apresenta a revolta de duas formas: (1) metafísica, “porque contesta os fins do homem e da criação” (CAMUS, 1996, p. 39); e (2) histórica, que ocorre quando o espírito revolucionário, “ao recusar Deus, ele escolhe a história” (CAMUS, 1996, p. 132). O que nos interessa saber não é tanto as formas de revolta, mas o instante em que ela se apresenta para o homem como uma possibilidade ao absurdo.
Na experiência absurda, conforme Camus (1996, p. 35), o sofrimento é individual. A partir daí, no movimento da revolta, ela assume uma posição de coletividade. O que o revoltado exige nada mais é do que o “direito a não ser oprimido além daquilo que pode admitir” (CAMUS, 1996, p. 25). É a recusa da opressão absurda. Assim, o revoltado estabelece a sua condição, pois “o movimento de revolta surge nele como uma reivindicação de clareza e de unidade” (CAMUS, 1996, p. 39). Essa condição reafirma a dignidade da natureza humana e conclama que se estabeleça, no mundo ainda que absurdo, a ordem em meio ao caos.
Camus reconhece que não necessariamente “negar um sentido à vida leva obrigatoriamente a declarar que ela não vale a pena ser vivida. Na verdade, não há nenhuma medida obrigatória entre estes dois juízos” (CAMUS, 2019, p. 22). Para Camus o suicídio não é concebido como uma autêntica resposta ao problema do absurdo: ele recusa o suicídio. A questão para ele reside em saber se há uma lógica que conduza ao suicídio. Essa lógica só pode ser encontrada, “perseguindo, sem paixão desordenada, com a única luz da evidência, o raciocínio cuja origem indico aqui. É o que chamo de um raciocínio absurdo” (CAMUS, 2019, p. 23). Existindo no corpo um imperativo de valor que está acima de leis, lógicas e juízos, o desejo de viver é inerente à natureza humana.Tomando como pressuposto que o absurdo, para Camus (2019, p. 45), só ocorre na relação entre o mundo, o homem e a contradição entre eles, renunciar à vida por meio do suicídio é romper o elo entre os três pontos da singular trindade. Camus reconhece que o suicídio diz respeito tão somente o seu autor, sendo, portanto, sem efeito no mundo. O absurdo permanece. A conexão é cortada apenas com o desertor.
Camus nos fala ainda de uma outra forma de se suicidar. Diferentemente da outra, física, esta não produz, necessariamente, danos ao corpo sensível. Eis a sua particularidade. A definição camusiana de suicídio filosófico, refere-se a aposta em ideias, pensamentos e escolhas que conduzem o homem para fora da vida ainda que este não tenha passado pela morte: “Tomo aqui a liberdade de chamar de suicídio filosófico a atitude existencial. [...]. É uma maneira cômoda de designar o movimento pelo qual um pensamento nega a si mesmo e tende a superar-se no que diz respeito à sua negação” (CAMUS, 2019, p. 55-56).
Revestir o absurdo de um caráter divino, apegando-se seja à razão ou à religião, apostando em algum amparo ao saltar no escuro, para Camus, não deixa de ser uma forma de se matar. Divinizando o absurdo, o suicida filosófico, como é próprio do humano, constrói esperanças e destrói o equilíbrio entre os pontos da singular trindade. Assim, Camus, sobre essa anulação dos termos da relação, nos diz que “tudo aqui é sacrificado ao irracional e, sendo escamoteada a exigência de clareza, o absurdo desaparece junto com um dos termos de sua comparação” (CAMUS, 2019, p. 51). Essa nostalgia é o que faz com que o homem busque a cura para o absurdo.
Entre sonho e realidade: diálogos entre Dostoiévski e Camus
A personagem do conto estava decidida, já há dois meses, a se matar. Havendo decidido isso em seu íntimo, considerando a noite do três de novembro adequada para o ato, todas as coisas a ele externas se tornara indiferentes. Tendo adiado, por algum motivo, o tiro, adormeceu e sonhou. O que se segue é o relato de um suicídio que, ainda que não tenha acontecido verdadeiramente, ocorreu, “com assombrosa nitidez”, no sonho do homem ridículo. O sonho de três de novembro lhe anunciou a verdade, “pois, se você uma vez conhece a verdade e a enxerga, então sabe que ela é a verdade e que não há outra e nem pode haver, esteja você dormindo ou vivendo” (DOSTOIÉVSKI, 2017, p. 102). É a redenção transcendental que Dostoiévski nos revela que faz o homem perceber que o suicídio não é o caminho. Ao se despertar do sonho, jura prosseguir.No conto de Dostoiévski, o protagonista é identificado apenas por um adjetivo: ridículo. Pode-se dizer isso de alguém que, como nossa personagem, torna risível algum comportamento ou opinião que adversa de modo irrisório o statu quo. Isso se torna perceptível quando, logo no início da narrativa, o homem ridículo declara conhecer sozinho uma verdade que não seria entendida por outrem; verdade essa que poderia ser o motivo do seu escárnio.
No entanto, esse único elemento que o identifica será completamente transformado. Assim, “o 'ridículo' da personagem passará por uma completa transfiguração ao final de sua jornada: ridículo será o niilismo; ridículo será o ímpeto por uma humanidade totalmente outra
– a utopia; ridículo será o sentido como eternidade – Deus” (VASSOLER, 2016, p. 129).
O niilismo dostoievskiano, segundo Pondé (2013, p. 212), é um niilismo moral, psicológico e epistemológico. Contudo, no aspecto moral, o protagonista do conto nos diz que “se acontecesse alguma coisa muito penosa, eu sentiria pena, assim como quando tudo ainda não me era indiferente na vida” (DOSTOIÉVSKI, 2017, p. 99), mostrando-nos assim a possibilidade do rompimento com um nada, de haver algo que não lhe seja realmente alheio. Dostoiévski, através de sua personagem, nos mostra o niilismo lançado contra si mesmo. É importante percebermos aqui a concepção niilista dostoievskiana que, diferentemente da nietzschiana de libertação da metafísica, pode-se chegar a uma redenção através do divino. Esse ponto é chave para compreendermos as incipientes motivações suicidas do homem ridículo.
Por trás das utopias dos filósofos, para além da exposição de uma sociedade perfeita e inatingível, está o caráter crítico à concepção e prática social vigente, e que se desenvolve na proposta de uma verdadeira e revolucionária mudança. Camus, movido pela realidade do seu tempo, afirma que “[...] a utopia substitui Deus pelo futuro. Ela identifica o futuro à moral; o único valor é o que serve a esse futuro” (CAMUS, 1996, p. 242). Assim também o fez Dostoiévski ao criticar, por exemplo, algumas correntes de pensamento da sociedade russa do século XIX. O sonho de um homem ridículo é, certamente, uma dessas obras através da qual a crítica utópica se aplica com maior evidência. Na construção dostoievskiana, o homem pode ser a causa da transformação, para o bem ou para o mal, de toda a sociedade.
A forma com que Dostoiévski concebe a transcendência é também essencial para percebermos as possíveis motivações que levaram o homem ridículo a apostar na morte por suicídio. Esse tema perpassa praticamente toda a literatura dostoievskiana em suas personagens, ainda em seus momentos mais niilistas. Dostoiévski, mediante as motivações suicidas do homem ridículo, leva às últimas consequências o niilismo e a relação do homem com o transcendente. Enquanto Camus, o ateu, vê a vida como desprovida de um sentido a priori, Dostoiévski, o religioso ortodoxo, não concebe a existência sem a sua dimensão
transcendental. A reconciliação com a transcendência na literatura dostoievskiana confere ao homem a cura da sua chaga existencial, a tão ansiada redenção.
O suicídio na narrativa fantástica
Ainda que em nenhum momento da narrativa o homem ridículo tenha mencionado Deus ou mesmo uma divindade, toda a construção da sua trama fornece indícios de uma possibilidade de transcendência. A sua indiferença frente ao mundo poderia refletir a fé na imortalidade; aquela que, segundo Dostoiévski (apud CAMUS, 2019, p. 126), “é tão necessária para o ser humano
(que sem ela acaba por se matar) porque se trata do estado normal da humanidade”. A esse estado normal, Camus se refere à nostalgia como o pensamento primeiro do homem (Cf. CAMUS, 2019, p. 62). Eis aqui um conceito importante, pois, para ele, a nossa razão humana vive sempre em busca de recuperar algo perdido, espera de encontrar uma cura, um saída para sua condição, apegando-se à crença em algum retorno.
É o pensamento que gera a lucidez diante da existência que, por sua vez, gera o tormento. São os pensamentos que detectam, em algum momento, a absurdidade do mundo. Isso é o que vimos com o homem ridículo e em Camus é fundamental, pois é a partir do seu reconhecimento frente àquele mundo, àquela sociedade, que se inicia toda a problemática que o conduzirá a apostar na morte por suicídio. A sua possível nostalgia, o seu inconformismo frente ao seu cenário são, verdadeiramente, os sintomas atormentadores que se iniciam a partir do pensamento. A constatação das ridicularidades da existência é também o sentimento do absurdo e o homem ridículo tem consciência disso. Ele reconheceu em si mesmo as características ridículas do absurdo no mundo. Em resumo, fica evidente que o pensamento, que é motor para vida, pode também ser a causa da sua queda.
O mais interessante nas constatações feitas pelo homem ridículo é que, a partir do instante em que ele percebe e considera o mundo como um grande absurdo, ele reconhece em si mesmo toda a ridicularidade humana e toma para si o peso da existência absurda. Apesar do ridículo ser o traço comum do homem e do mundo em sua relação absurda, ainda assim, para a personagem, torna-se penoso, até mesmo mortalmente doloroso, realizar tal confissão.
Fato é que o medo da confissão foi sim determinante para que o homem ridículo desejasse o suicídio. Naturalmente, não apenas o medo, mas ele acompanhado por outros fatores já iniciados a partir da relação entre pensamento, consciência e tormento. Trata-se aqui de considerar o desenrolar que procede do pensamento individual.
O homem que ao despertar percebe, conscientemente, o absurdo do mundo, reconhece, tanto no mundo quanto em si mesmo, a natureza ridícula de todas as ações. Essa é, certamente, a grande lição do homem ridículo nesta leitura. E como, conforme Camus (2019,
p. 28), “depois do despertar vem, com o tempo, a consequência: suicídio ou reestabelecimento”. A questão aqui reside em observar os fundamentos motivacionais que conduziram o homem ridículo a apostar no suicídio em vez de se reestabelecer.
Para o homem ridículo, assim como para Camus, nenhum castigo pode ser maior ao homem do que a continuação da hediondez e do absurdo da existência. Já Dostoiévski, “convencido de que a existência humana é um absurdo perfeito para quem não tem fé na imortalidade” (CAMUS, 2019, p. 121), ainda em seu niilismo, aposta na transcendência, na vida eterna. Contudo, ainda que houvesse uma sociedade perfeita, uma realidade utópica ideal, ainda assim o absurdo existiria.
Isso resume todo o pensamento de Camus (1996, p. 16) a respeito da morte voluntária, pois a rejeição ao suicídio e a manutenção do confronto relacional do homem com o mundo é a conclusão de todo o raciocínio absurdo. Esse raciocínio afirma a vida como o único bem necessário, pois é apenas ela que assegura o confronto e, consequentemente, a sua resposta. Eis porque, nas palavras de Camus (2019, p. 125), “este tema do suicídio em Dostoiévski é, então, um tema absurdo”. O conto O sonho de um homem ridículo tem, certamente, os elementos necessários para compreendermos a problemática camusiana sobre a morte voluntária.
Conclusão
O leitor deve ter notado que há uma grande divergência entre os pensamentos de Dostoiévski e Camus. Enquanto esse traça em sua filosofia um plano de imanência, aquele, em sua literatura, aposta na possibilidade de transcendência. Toda a construção camusiana sobre o absurdo leva a esse plano que é notado, sobretudo, ao considerar que o absurdo tem no indivíduo o seu próprio fim, e que ele não pode escapar do absurdo senão através da morte.
Em Dostoiévski, por sua vez, o tema da transcendência percorre grande parte da sua obra. Em especial quando a personagem alcança a redenção a partir de uma experiência transcendental, realizada por meio de um sonho, revelou a eternidade do espírito. Ambos são niilistas; no entanto, a partir desse ponto, trilham caminhos diferentes. Dostoiévski se agarra àtranscendência, Camus reafirma a imanência; Dostoiévski tem a utopia como conteúdo, Camus não concebe outra realidade que não seja a do absurdo imanente.
Através do exposto e respondendo a pergunta-chave a que nos propomos, revela que uma reflexão sobre o suicídio é sempre uma reflexão sobre a existência humana, ou melhor, sobre o sentido da existência. Culturalmente, apenas o ser humano comete suicídio e isso revela um paradoxo: o ser que pensa, sabe, fala e sente é o mesmo que cansa de tudo isso e procura algo além de si mesmo ou se desespera de ser “apenas” humano. É por isso que em qualquer reflexão literário-filosófica sobre o suicídio o que está em questão é o sentido da vida ou a aparente obrigatoriedade que o homem possui de escolher entre a imanência ou a transcendência. Há outra alternativa? Seria possível viver, racionalmente, sem pensar sobre o suicídio?
* O presente texto é uma versão resumida, com título modificado, do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado no ano de 2021, para a obtenção de título de Bacharel em Filosofia pelo Claretiano - Centro Universitário, sob a orientação do Prof. Dr. Paulo Rogério da Silva.
Referências bibliográficas
CAMUS, Albert. O mito de Sísifo. 16 ed. Rio de Janeiro: Record, 2019.
. O homem revoltado. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 1996.
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Duas narrativas fantásticas: A dócil e O sonho de um homem ridículo. 4 ed. São Paulo: Editora 34, 2017.
PONDÉ, Luiz Felipe. Crítica e profecia: a filosofia da religião em Dostoiévski. São Paulo: Leya, 2013.
VASSOLER, Flávio Ricardo. A utopia como a cicatrização do espírito: prolegômenos para um diálogo entre Fiódor Dostoiévski, Hegel e Allan Kardec. Numen: Revista de Estudos e Pesquisa da Religião, v. 19, n. 1, pp. 127-162. jan./ jun. 2016.