UMA REFLEXÃO SOBRE A POBREZA
ADENAIDE AMORIM LIMA
Doutoranda em Filosofia – UFSM
Mestre em Educação – UESB
Introdução
É possível uma reflexão filosófica sobre a pobreza? Uma vez que a filosofia reflete em torno de conceitos, é sempre complicado abordar tópicos que não estão dentro de um horizonte conceitual prévio. A pobreza, como veremos abaixo, não é algo conceitual ou uma “realidade” historicamente estável. Refletir, então, sobre este tema pode significar expor o quanto o seu sentido foi mudando de acordo com a sociedade. Essa mudança, claro, não significa que a situação foi melhorando, mas sim que o tema foi sendo tratado de acordo com a situação histórica de cada sociedade.
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SOLIDÃO NA FILOSOFIA DE NIETZSCHE
ÍCARO SOUZA FARIAS
Mestre em filosofia – UFF
Doutorando em Filosofia – UFRJ
Ó solidão! Solidão, pátria minha! Quão terna e bem-aventurada me fala a tua voz!
Nós não interrogamos um ao outro, não reclamos um ao outro, passamos, um ao outro aberto, por portas abertas.
Pois contigo tudo é aberto e claro; e mesmo as horas correm aqui com pés mais leves [...] (NIETZSCHE, 2011, p. 176).
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Heidegger e a dimensão existencial do corpo humano
Arlindo Antonio do Nascimento Neto
Mestrando em Filosofia – (UFBA)
Licenciado em Filosofia – (UESB)
Introdução
Discussões sobre o corpo são recorrentes na filosofia contemporânea. Filósofos como Merleau-Ponty, Foucault e Deleuze, entre outros, abordaram esse tema de modos diversos, sendo reconhecidos pela sua contribuição ao debate. Entretanto, quando pensamos em um dos maiores nomes da filosofia do século passado, o alemão Martin Heidegger, o mesmo não pode ser afirmado. No presente texto, objetivamos apresentar, de modo sucinto, uma possível contribuição de Heidegger ao debate filosófico contemporâneo sobre a dimensão existencial do corpo humano.Uma primeira ideia geral que é importante fixar é o seguinte: Heidegger busca desconstruir as concepções de homem herdadas da tradição filosófica. Sua postura consiste em recusar as concepções de homem herdadas do pensamento metafísico, tais como foramelaboradas quantoa nossa relação com o mundo.
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HÁ UMA EQUIVALÊNCIA ENTRE VIDA E FILOSOFIA?
JASSON DA SILVA MARTINS
Doutorando em Filosofia – (UFBA)
Mestre em Filosofia – (UNISINOS)
Introdução
Em breve momento na história – em algumas escolas helenísticas – podemos dizer que houve uma equivalência entre viver e filosofar. O que é mais comum à tradição filosófica é uma reflexão sobre vida e filosofia ou sobre existência e filosofia. Apesar de restrita, a discussão sobre uma possível equivalência entre viver e filosofar é permanente.
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Ciberpatuá Quântico:
Uma história em quadrinhos poético-filosófica que se insurge contra os dogmas
Edgar Franco (Ciberpajé)1
Ainda no ano de 1997 batizei os quadrinhos que faço, devido há algumas de suas peculiaridades, de quadrinhos Poético-Filosóficos. No mesmo ano publiquei um artigo de minha autoria intitulado “Panorama dos Quadrinhos Subterrâneos no Brasil”(FRANCO, 1997). Na época, para a realização da pesquisa que gerou o artigo, foram analisados 400 fanzines de todas as regiões do país, no intervalo de 1989 a 1995. Para sistematizar a análise, os quadrinhistas foram divididos em linhas, observando semelhanças de linguagem, afinidades estilísticas e temáticas. Para batizar uma das linhas surgiu o termo “quadrinhos poético-filosóficos” que posteriormente batizaria esse gênero de quadrinhos, propus a primeira definição para ele:
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