Infocracia e dominação subjetiva digital
Renato Nunes Bittencourt
Doutor em Filosofia pelo PPGF-UFRJ. Professor do Curso de Administração da FACC-UFRJ
O que chamamos de Cibercultura é o conjunto de fenômenos comunicacionais da revolução informacional ocasionada pela expansão da Internet pelo nosso mundo e suas inevitáveis mudanças comportamentais que estabeleceram a transição do analógico para o digital.Quem viveu a transição entre o mundo anterior aos paradigmas da Internet e a instauração da grande rede sabe muito bem o quanto as formas comunicacionais e as relações sociais foram modificadas com essa revolução tecnológica, alterando inclusive nossa percepção de tempo e de espaço. Uma carta enviada para nosso destinatário demorava dias para chegar e eventualmente corria-se o risco do extravio, de modo que os correios atuavam como uma grande força da contingência em nossa vida administrada.
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Gestar e dar à luz: trabalhos socialmente ignorados
ADENAIDE AMORIM LIMA
Doutoranda em Filosofia pela UFSM
Mestre em Educação pela UESB
LISIANE DA SILVA ZUCHETTO
Doutoranda em Filosofia UFSM
Mestre em Direito pela UPF
Introdução
Defendemos a procriação humana como trabalho. Conforme veremos ao longo deste texto, a procriação humana, semelhante às de outras espécies de animais, sempre esteve relacionada à sobrevivência da espécie, porém, diferentemente das outras espécies de animais, a finalidade do trabalho procriativo nos humanos adquiriu novos contornos e propósitos a partir da complexificação das organizações sociais, do surgimento do Estado e da acumulação do capital.
Não entraremos na questão da maternidade (relação mãe-criança) ou maternagem
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