Nietzsche e os desafios filosóficos da modernidade
José Carlos Silva Rocha Costa
Doutorando em Filosofia - UFBA
Para boa parte da tradição filosófica, iniciada com Platão, a concepção de uma mente divina serviu como o ponto de referência máximo, como a fonte e o critério para definir o que era a verdade e quais eram os valores que deveriam vigorar. É claro que hoje em dia, no interior da tradição filosófica, não é mais assim que valoramos e definimos o que é a verdade. Esse processo de secularização do modo de pensar tem uma longa história e diversos personagens importantes. No presente texto eu gostaria de apresentar alguns aspectos desta mudança a partir do pensamento de Nietzsche.
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Gestar e dar à luz: trabalhos socialmente ignorados
ADENAIDE AMORIM LIMA
Doutoranda em Filosofia pela UFSM
Mestre em Educação pela UESB
LISIANE DA SILVA ZUCHETTO
Doutoranda em Filosofia UFSM
Mestre em Direito pela UPF
Introdução
Defendemos a procriação humana como trabalho. Conforme veremos ao longo deste texto, a procriação humana, semelhante às de outras espécies de animais, sempre esteve relacionada à sobrevivência da espécie, porém, diferentemente das outras espécies de animais, a finalidade do trabalho procriativo nos humanos adquiriu novos contornos e propósitos a partir da complexificação das organizações sociais, do surgimento do Estado e da acumulação do capital.
Não entraremos na questão da maternidade (relação mãe-criança) ou maternagem
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GPT-3 e a pausa na inteligência artificial: razões éticas ou negócios?
João de Fernandes Teixeira
Doutor em Filosofia - Univ. de Essex - Inglaterra
Recentemente fomos surpreendidos por um episódio inusitado na comunidade internacional de pesquisadores da inteligência artificial. Grandes nomes do mundo científico e tecnológico, além de intelectuais e pensadores assinaram um manifesto reivindicando uma pausa de seis meses no desenvolvimento da IA. É bem pouco provável que ela aconteça, mas precisamos investigar as razões pelas quais ela foi proposta.
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Uma receita estoica para enfrentar as adversidades da vida
Jasson da Silva Martins
Doutorando em Filosofia - UFBA
Escrevi o presente texto como resposta aos meus interlocutores que acham difícil colocar em prática os preceitos da filosofia estoica hoje. Quero alertá-los, de saída: é preciso conhecer algo da filosofia estoica e, em seguida, praticá-la. Não são exigências fáceis, mas também não são inalcançáveis como alguns pensam. O pressuposto é muito antigo e simples, como dizia Espinosa: tudo que é bom e edifica é raro e difícil de conseguir. Viver de forma estoica é levar uma vida coerente, ritmada pelo exercício, cuja repetição permite transformar profundamente a nossa maneira de viver. Adaptados ao nosso contexto, os princípios e os exercícios estoicos podem ser um grande auxílio, cuja finalidade é ser livre e viver feliz.
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