Nietzsche e os desafios filosóficos da modernidade
José Carlos Silva Rocha Costa
Doutorando em Filosofia - UFBA
Para boa parte da tradição filosófica, iniciada com Platão, a concepção de uma mente divina serviu como o ponto de referência máximo, como a fonte e o critério para definir o que era a verdade e quais eram os valores que deveriam vigorar. É claro que hoje em dia, no interior da tradição filosófica, não é mais assim que valoramos e definimos o que é a verdade. Esse processo de secularização do modo de pensar tem uma longa história e diversos personagens importantes. No presente texto eu gostaria de apresentar alguns aspectos desta mudança a partir do pensamento de Nietzsche.
O projeto filosófico de Nietzsche está intrinsecamente ligado ao processo de secularização, um processo que pode ser resumido de forma emblemática na famosa expressão “Deus está morto!”. No contexto da modernidade, assistimos à diminuição da importância de Deus como o símbolo supremo datranscendência. A noção de divindade já não ocupa mais o centro que outrora ocupava guiando a vida intelectual e cultural do ocidente.
Para este autor, como pretendo mostrar, esse processo não apenas encerra uma supressão do passado, mas abre uma nova era – com novos desafios para a reflexão filosófica –, que consiste em criar ferramentas novas,b não para suplantar, mas para encarar de frente essa nova etapa do ocidente. Será possível para o homem ocidental viver desvinculado de um referencial externo e eterno? Qual seria o significado e quais seriam as consequências, tanto para o homem moderno quanto para o pensamento, a supressão do horizonte divino de nossa trajetória histórica?
Colapso de uma interpretação... perda de sentido
O processo de secularização e a consequente perda do papel central de Deus na cultura ocidental são sintetizados de maneira eloquente no aforismo §125 de A gaia ciência, intitulado “O homem louco”. Nele, Nietzsche sugere que o sentimento de que os valores supremos foram perdidos vai além da simples perda da autoridade reguladora. Essa morte simboliza também um profundo senso de falta de finalidade e uma sensação de vazio que caracterizam o niilismo.
Não ouviram falar daquele homem louco em que, em plena manhã acendeu, uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: “Procuro Deus! Procuro Deus!”? E como lá se encontrassem muitos daqueles que não criam em Deus, ele despertou com isso uma grande gargalhada. Então ele está perdido? Perguntou um deles. Ele se perdeu como uma criança? Disse um outro. Está se escondendo? Ele tem medo de nós? Embarcou num navio? Emigrou? – gritavam e riam uns dos outros. O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu olhar. “Para onde foi Deus?”, gritou ele, já lhes direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! Mas como fizemos isso? Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós, ao desatar a Terra do seu sol? Para onde se move ela agora? Para onde nos movemos nós? [...] (NIETZSCHE, 2001, p.174-148).
Ao invés de buscar demonstrar a inexistência de Deus, Nietzsche está, na verdade, realizando um diagnóstico cultural e retratando vividamente o niilismo que permeia o contexto histórico da época. A declaração da “morte de Deus” não é uma negação direta de Deus, mas sim uma revelação da falta de confiança, por parte do homem moderno, nos valores que, em um passado distante, eram tidos como absolutos. Agora podemos ver os fatos ocultados por estes valores transcendentes, nas interpretações históricas de sentimentos morais que surgem e evoluem em diferentes culturas e nos valores que se apresentam como sintomas do declínio e da exaustão do próprio homem moderno.
Desta forma, o niilismo “na sua forma extrema, traduz um sentimento de angústia: percebemos que o mundo não corresponde aos esquemas mediante os quais o interpretávamos, que o mundo não vale o que pensávamos que valia, donde o desânimo, a paralisia, a sensação generalizada de “para quê?” (WOTLING, 2011, p.51). Nietzsche caracteriza o profundo sentimento de falta de sentido e esgotamento como o niilismo passivo. Nesse estado, observa-se uma diminuição na vitalidade, resultando em uma desconfiança em relação à existência de uma realidade que seja mais “verdadeira” ou “superior” do que aquela que experimentamos neste momento.
Nietzsche descreve o niilismo como um processo de dissolução que ocorre sob uma ambiguidade perturbadora. A autodestruição dos valores morais que levou a uma desvalorização do homem. A modernidade não se consuma como um processo completo, mas se consome em suas próprias contradições. Nietzsche argumenta que os espíritos livres, que são os mais modernos entre os modernos, devem ser capazes de ir além do niilismo e explorar novas formas de criação. Ele entende a modernidade como uma época de crise e ruína da interpretação moral do mundo, marcada por uma excessiva energia voltada para o trabalho e para a ciência, cujo resultado é visível na ambiguidade na experiência moderna.
Segundo Nietzsche, uma vez que as instituições liberais modernas foram alcançadas, há o risco de perderem sua verdadeira natureza liberal. Essas instituições têm o potencial de minar a vontade de vida dos indivíduos, tornando-os pequenos, covardes e hedonistas, que, por sua vez, se convertem em “animais de rebanho”. Nietzsche argumenta que o liberalismo pode, de certa forma, resultar em uma espécie de conformismo.
Às vezes o valor de uma coisa não se acha naquilo que se obtém com ela, mas naquilo que por ela se paga — aquilo que nos custa. Darei um exemplo. As instituições liberais deixam de ser liberais logo que são alcançadas: não há, depois, nada tão radicalmente prejudicial à liberdade quanto as instituições liberais. Sabe-se muito bem o que trazem consigo: elas minam a vontade de potência, elas são o nivelamento de montes e vales alçado à condição de moral, elas tornam os homens pequenos, covardes e ávidos de prazer — com elas triunfa, a cada vez, o animal de rebanho. Liberalismo: em outras palavras, animalização em rebanho(NIETZSCHE, 2006, p.88).
Uma realidade que é oposta às comunidades aristocráticas, como Roma e Veneza, que entendiam a liberdade como algo que se conquista e se mantém através de esforços contínuos, “aqueles grandes viveiros para uma forte, a mais forte espécie de gente que até hoje existiu”(NIETZSCHE, 2006, p.89).Para Nietzsche, o verdadeiro valor da liberdade reside na luta por ela, pois é apenas através dessa luta que a compreendemos. A liberdade, desta maneira,está intrinsecamente relacionada à capacidade de enfrentar desafios, resistências e perigos.
Nas críticas de Nietzsche à modernidade, destacam-se as consequências da moral judaico-cristã, a “autocontradição fisiológica” como uma característica desse período histórico. Ele sugere que os impulsos humanos contemporâneos estão em conflito, apresentam contradições intrínsecas e tendem a ser perturbadores e autodestrutivos quando se voltam contra si mesmos. Isso é seguido pela observação da influência da moral ressentida do rebanho, em que o valor cristão da compaixão se estabeleceu como um ponto de ancoragem para a elevação do ser humano.
O cristianismo é chamado de religião da compaixão. – A compaixão se opõe aos afetos tônicos, que elevam a energia do sentimento de vida: ela tem efeito depressivo. O indivíduo perde força ao compadecer-se. A perda de força que o padecimento mesmo já acarreta à vida é aumentada e multiplicada pelo compadecer. O próprio padecer torna-se contagioso através do compadecer; em determinadas circunstâncias pode-se atingir com ele uma perda geral de vida e energia vital, numa proporção absurda com o quantum da causa (– o caso da morte do Nazareno) (NIETZSCHE, 2007, p.13).
Nietzsche critica a ideia de que a compaixão é uma virtude, argumentando que, em outros códigos morais, ela é vista como fraqueza. No entanto, ele observa que a compaixão foi elevada ao status de virtude e até mesmo considerada como o solo e a origem de todas as virtudes em algumas tradições. Segundo ClademirAraldi, a interpretação de Nietzsche sobre a modernidade se destaca por sua ambiguidade, o que implica que ela apresenta características ambivalentes e pode ser compreendida de várias maneiras. Ele menciona os românticos, incluindo o compositor Richard Wagner, como exemplos de figuras que simbolizam o declínio da modernidade: os românticos são retratados como “modernos decadentes” que se inclinam em direção a extremos negativos.
Por outro lado, apesar das tendências decadentes, existe uma mentalidade chamada de “espírito livre moderno”, que surge da luta contra a época em que vive. Esse espírito livre moderno, ao enfrentar ameaças externas e tendências internas de fragmentação, adota a visão de que a vontade de potência é o impulso fundamental que se manifesta de várias formas, criando uma dinâmica constante de relações de força. Essa nova configuração do espírito livre, como apresentada em obras como Além dobem e do mal, fornece um antídoto contra o maior perigo enfrentado pelo homem moderno: o extremo esgotamento moral dos valores, que leva ao niilismo. Ele sugere que os filósofos solitários podem desempenhar um papel importante ao oferecer uma perspectiva que contrapõe esse esgotamento moral.
Nessa perspectiva apontada, a modernidade é o momento decisivo do transcurso niilista, pois nela o niilismo apresenta suas formas mais acabadas, na moral, na política, na cultura, enfim, em todas as esferas valorativas do mundo moderno. É uma época de crise e de ruína da interpretação moral do mundo. A “inquietação moderna” expressa-se no excesso de energia dispendido no trabalho e na práxis científica. Essa expressão difusa e volátil da mobilidade, na experiência radical de aceleração do acontecer externo e interno é ambígua(ARALDI, 2013, p.40).
Quando a crença em Deus e em uma ordem moral do mundo não são mais sustentáveis, os indivíduos podem começar a acreditar na imoralidade absoluta da natureza e na ausência de finalidade e sentido dos afetos psicologicamente necessários. Isso implica uma mudança radical na perspectiva moral e existencial. Nietzsche argumenta que o niilismo não surge de um aumento no desprezo pela existência em si, mas sim da perda de fé em uma interpretação específica da existência. Quando essa interpretação, que era considerada a interpretação dominante, desmorona, pode parecer que não há mais sentido na existência e que tudo é em vão. “Uma interpretação desabou; mas, pelo fato de que ela passava por ser “a interpretação”, parece que não há mais qualquer sentido na existência”(NIETZSCHE, 1999, 4 [71], KSA 12.212). Quando essa interpretação falha, pode-se sentir que a existência carece de sentido.
Se o verdadeiro valor da vida reside no “grau de potência”, a busca pela potência, entendida como crescimento, florescimento, aumento do sentimento vital é o princípio subjacente que motiva as ações humanas. A moral tradicional desempenhou um papel significativo ao atribuir valor infinito aos indivíduos “malogrados” e ao promover virtudes como devotamento, compaixão e humildade. Essa moral construiu uma ordem que se encontrava desligada das hierarquias de poder mundanas. Entretanto, se a crença na moral tradicional for minada, os indivíduos malogrados perderiam sua fonte de consolo e, consequentemente, não teriam uma base sólida para atribuir valor às suas vidas, tornando-se vulneráveis ao niilismo.
O niilismo como sintoma daquilo que os malogrados não têm mais consolo: daquilo que eles destroem para serem destruídos, daquilo que, afastados da moral, eles não têm mais por que “se sacrificar” — daquilo que eles se colocam no terreno do princípio contrário e querem também por sua vez o poder, obrigando os poderosos a serem seus verdugos. Esta é a forma europeia do budismo, o fazer-negativo, uma vez em que toda a existência perdeu o seu “sentido” (NIETZSCHE, 1999, 12 [71], KSA 12.216).
Isto é, “o tipo de homem menos saudável na Europa [em todas as classes] constitui o terreno deste niilismo”(NIETZSCHE, 1999, 14 [71], KSA 12.216). Em contrapartida, os mais fortes são aqueles que adotam uma perspectiva mais equilibrada da vida, aceitam o acaso e o absurdo, evitam atribuir um valor absoluto ao ser humano e desfrutam de robusta saúde, orgulhosos conscientemente de sua força. Quando enfrentam a vida com confiança, não são facilmente abalados pelas adversidades.
Niilismo ativo e passivo
Nietzsche apresenta uma perspectiva intrigante sobre o niilismo, destacando como ele pode ser interpretado como um indicador do aumento e diminuição do poder como ferramenta psicológica. Nesse contexto, o “niilismo ativo” emerge quando a força do espírito cresceu de tal forma que as antigas crenças e convicções não são mais suficientes para satisfazê-lo, levando a uma rejeição dessas concepções prévias. “Niilismo enquanto sinal do poder aumentado do espírito: enquanto niilismo ativo. Pode ser um sinal de força: a força do espírito pôde crescer de tal maneira, que os alvos fixados até então [“convicções”, artigos de fé] não estavam à sua altura”(NIETZSCHE, 1999, 9 [35], KSA 12.350).Além disso, as crenças de uma pessoa frequentemente refletem as circunstâncias desafiadoras em que ela vive, sendo moldadas por experiências e pela necessidade de adaptação.
Por outro lado, o niilismo quando atinge seu ápice como uma força destrutiva, denota uma rejeição completa das crenças e dos valores estabelecidos. O “niilismo passivo”, exemplificado pelo budismo, representa o oposto, caracterizado pela busca da tranquilidade e pela renúncia às crenças, um esgotamento. Na perspectiva de Nietzsche, a compaixão é retratada pelo cristianismo como um instinto depressivo que entra em conflito com os instintos naturais de preservação e exaltação da vida. Ela é apresentada como um elemento-chave na intensificação da decadência, agindo como um multiplicador de situações miseráveis. A compaixão influencia as pessoas a se aproximarem do “nada”, refletindo uma visão pessimista da vida, em contraste com a busca de significado e valor na existência.
O niilismo pode ser considerado um estado intermediário patológico, uma generalização excessiva de uma falta de sentido, muitas vezes devido à insuficiência das forças produtivas para criar novos propósitos ou à falta de soluções para os dilemas da existência. Essa visão complexa do niilismo ilustra como ele pode ser um indicador tanto de poder quanto de declínio, dependendo das circunstâncias e do estado do espírito humano.
O niilismo passivo: enquanto sinal de fraqueza: a força do espírito pode estar cansada, esgotada, de maneira que os objetivos e os valores até então predominantes são agora inadequados, impróprios e não encontram mais credibilidade — na medida em que a síntese dos valores e dos fins [sobre a qual repousa o poder de uma cultura] se dissolve, ainda que os diferentes valores estejam em guerra: decomposição na medida em que tudo o que reconforta, cura, tranquiliza, atordoa, passa para o primeiro plano, sob diversos disfarces: religiosos, morais, políticos, estéticos etc. (NIETZSCHE, 1999, 9 [35], KSA 12.351).
Nietzsche explora o niilismo radical, que emerge da convicção de que a existência se torna intrinsecamente insustentável quando os valores supremos, incluindo a moral, são percebidos como carentes de significado absoluto. Essa compreensão resulta do compromisso com a busca pela “verdade” levada ao extremo, gerando uma contradição fundamental: ao acreditarmos na moral, inadvertidamente, condenamos a própria existência. O pessimismo leva ao niilismo, levantando a questão crucial de como as avaliações morais se encaixam nessa visão negativa da existência. De fato, as avaliações morais podem ser interpretadas como condenações e a moral como um desvio da vontade de existir, o que suscita a indagação essencial sobre a verdadeira natureza da moral e sua relação com a compreensão da existência.
Todos os valores por meio dos quais até agora buscamos tornar o mundo apreciável e assim mesmo acabamos por depreciá-lo, logo que eles se revelaram inaplicáveis – todos estes valores, para reavaliá-los psicologicamente, são apenas os resultados de certas perspectivas de utilidade adequadas para manter e aumentar as formas de dominação humana: perspectivas que são falaciosamente projetadas na essência das coisas. É sempre a mesma ingenuidade hiperbólica do homem que o leva “a se tomar” como o sentido e a medida do valor das coisas… (NIETZSCHE, 1999, 11[99], KSA 13.49).
Nietzsche aborda o niilismo em suas três principais formas como estados psicológicos. Primeiramente, o niilismo surge quando buscamos um sentido nos acontecimentos, mas falhamos em encontrar esse sentido, levando à perda de coragem e fé na existência. Essa decepção resulta da percepção de que o devir, o processo contínuo de mudança e transformação, carece de um propósito absoluto, “o niilismo será então a consciência progressiva de um longo desperdício de força”(NIETZSCHE, 1999, 11[99], KSA 13.46).
A segunda forma de niilismo ocorre quando supomos a existência de uma totalidade organizadora subjacente a todos os acontecimentos, levando à crença em uma forma suprema de ordenação. No entanto, essa crença se desfaz quando percebemos que tal totalidade não existe, levando à perda de fé em nosso próprio valor, “logo que nele não agia mais uma totalidade de valor infinito: o que significa dizer que foi para poder acreditar no seu próprio valor que ele concebeu esta totalidade”(NIETZSCHE, 1999,11[99], KSA 13.47).
A terceira forma de niilismo surge quando, após abandonar as visões anteriores, tentamos criar um mundo metafísico como o verdadeiro, “não resta outra escapatória senão a de condenar completamente este mundo do devir como ilusório e inventar um outro mundo, para-além deste mundo, como sendo o mundo verdadeiro” (NIETZSCHE, 1999,11[99], KSA 13.47).Mas logo surge a percepção que essa construção é baseada em necessidades psicológicas e não possui uma base sólida.
Assim, somos confrontados com a realidade do devir como a única realidade, embora não possamos aceitá-la completamente. Em resumo, o niilismo emerge quando tentamos impor categorias absolutas, como “fim”, “unidade” e “verdade”, a um mundo que resiste a tais interpretações, resultando em uma sensação de vazio de valor e a descrença em um mundo verdadeiro além do que é. É nesse sentido que a crítica de Nietzsche é um desafio filosófico para a modernidade.
Conclusão
A ideia da morte de Deus destaca-se como um evento seminal no contexto do movimento niilista-destrutivo, tendo repercussões diretas na modernidade. Com a falência dos valores tradicionais, a sociedade moderna se encontra em um estado de desorientação, em que o sentido se esvai e os impulsos se tornam caóticos.
Nietzsche, como mencionado, propõe diversas abordagens para lidar com essa crise. Uma forma é a busca do além-do-homem como uma resposta à ausência de valores divinos; outra é a criação de novos valores que reside nos filósofos do futuro. No entanto, a questão crucial reside em identificar “os mais fortes”, aqueles que, ricos em saúde e poder, podem superar os desafios da modernidade e potencialmente transcender o seu contexto atual, abrindo caminho para um novo entendimento da natureza humana e dos valores.
Referências bibliográficas
ARALDI, Clademir. Nietzsche: do niilismo ao naturalismo na moral. Pelotas: NEPFil [Online], 2013. (Série Dissertatio-Filosofia, 10).
NIETZSCHE, Friedrich. Samtliche Werke. Kritische Studienausgabe (KSA). Herausgegeben vonGiorgio Colli und Mazzino Montinari. 15 Bände. Berlin: Walter de Gruyter, 1999.
______.A gaia ciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
______. Crepúsculo dos ídolos: ou como se filosofa com o martelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
______. O anticristo e ditirambos de Dionísio. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
WOTLING, Patrick. Vocabulário de Friedrich Nietzsche. São Paulo: Martins Fontes, 2011.