Espaço-poesia
Poeta - Ação - Libertação
Me condenaram porque sou poeta
E como poeta sou um profeta
E como profeta sou uma seta
E como uma seta
Posso ferir a consciência daqueles
Que oprimem o povo
Eu sou esse povo
Sou a barriga vazia
E o coração com fome de amor
Calar não posso e nem vou
Porque calar significa morrer aos poucos
Gritar também significa morrer aos poucos
Só o agir é voltar a viver
Minha poesia é minha ação
Meu GRITO DE PROTESTO
Minha LIBERTAÇÃO!
Peilton Sena
(in Momentos, 1995)