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O conceito de antinatalismo em Emil Cioran

Ingresson Oliveira de Jesus

Graduado em Filosofia (UESB)

 Introdução

 A discussão sobre ter ou não ter filhos sempre acompanhou a humanidade. Analisar esse fenômeno existencial exige pensar também em outras questões como, por exemplo, a natureza humana e o próprio sentido da vida. Neste contexto, analisando as obras do filósofo romeno Emil Cioran, encontramos um discurso contra a geração de novas vidas, permeado por um expurgo de dor, lamentação e desespero.

No presente texto investigaremos o conceito de antinatalismo na visão de Cioran, uma vez que seus escritos permitem categorizá-lo como um exemplo de filósofo antinatalista. Se de um lado perguntamos qual reflexão Cioran possui sobre a negativa de procriar; de outro lado, levantamos a seguinte hipótese: é possível estabelecer uma postura ética na perspectiva antinatalista do filósofo romeno? Para elucidar esse problema, iniciamos nossa análise a partir do conceito geral de antinatalismo; em seguida, investigamos o pensamento e a perspectiva filosófica de Cioran.

 

  1. Cioran e a filosofia destrutiva

 

A obra Nos cumes do desespero foi o primeiro trabalho de Cioran. Escrito quando o filósofo contava com 22 anos, o livro foi concluído após o termino dos estudos de filosofia. Essa obra foi determinante na vida e no pensamento do filósofo. Ela marcou o início de uma profunda rejeição ao pensamento dogmático. Todo o trabalho filosófico de Cioran passa a ser constituído como uma repulsa às tradicionais escolas filosóficas, aos dogmas e às doutrinas essencialistas.

Passando a nutrir um grande desprezo pelos filósofos e acadêmicos, Cioran declara guerra às produções filosóficas. Sempre mantendo uma postura cética e pessimista nos seus escritos. Ademais, o ceticismo se torna um marco do seu pensamento. Refletindo sobre a insignificância da vida e a inutilidade do conhecimento científico; rejeitando as pretensões da filosofia, as utopias existentes e os enganos da razão; Cioran se habilita como o arauto do pessimismo, como o cético aniquilador que, com o auxílio de um punhal, desfigurou as pseudoverdades sobre a existência.

            Uma postura pessimista e cética, contextualizada como o martírio da própria vida, foi o estopim para as elucubrações do filósofo. A partir de seus devaneios corrosivos, Cioran denunciava os falsos absolutos, as ideologias, o fanatismo, o derramamento de sangue ocorrido ao longo da história e a questão da crueldade e do egoísmo intrinsecamente ligados à natureza humana.

           

  1. Aspectos destrutivos da procriação e misantropia

 

O antinatalismo desagua na abstenção de filhos vinculado ao sentimento moral que consiste em evitar os fenômenos negativos para aquele que ainda não nasceu. Tais fenômenos estão intrinsecamente ligados à vida como, por exemplo, a dor, a doença, a miséria e a morte. Em Cioran o conceito de antinatalismo é conduzido por um viés misantrópico, que clama a supressão da vida humana na terra por meio da abstenção, como ele diz:

 

A multiplicação de nossos semelhantes beira a imundície; o dever de amá-los beira o absurdo. Isto não impede que todos os nossos pensamentos estejam contaminados pela presença do humano, que exalem o cheiro do humano e que não consigam desembaraçar-se dele. Que verdade podem atingir, a qual revelação podem elevar-se, se esta pestilência asfixia o espírito e o torna impróprio para pensar em outra coisa que não seja esse animal pernicioso e fétido de cujas emanações está contaminado? Aquele que é fraco demais para declarar guerra ao homem nunca deveria esquecer, em seus momentos de fervor, de rezar pela vinda de um segundo dilúvio, mais radical que o primeiro (CIORAN, 2011d, p. 30).

 

O pessimismo cioraniano é capaz de corroborar com um esboço crítico para as propostas filosóficas, sobretudo as teorias da pós-modernidade. Para o filósofo romeno, não há nada na existência que seja digno de ser amado, como afirma o comentador:

 

[...] o pessimismo de Cioran deve ser entendido, como um pessimismo cínico, ou seja, como uma perspectiva arrasadora constituída por um desdém rancoroso, por uma melancólica ironia e por um riso misantrópico, amoral, banalizador e autofágico, os quais reduzem a razão, o homem e a vida a uma grotesca e nadificante anedota. Trata-se, portanto, de um pessimismo sem evasivas, consolos e hipóteses criadoras de sentido. A filosofia de Cioran é, em suma, um pessimismo sem auto-ajuda (PIVA, 2002, p. 18). 

 

Tais características de pensamento, apesar de serem tratadas desde um ponto de vista pejorativo, foram aportes necessários para a especulação dos fenômenos bem como as elucubrações metafísicas feitas pelo filósofo. Outra idiossincrasia presente nos escritos antinatalistas de Cioran é a linguagem e a postura depreciativa em face de todos os seres vivos: “O grande erro da natureza foi não se ter sabido limitar a um único reino. Comparado com o vegetal, tudo parece intruso, inoportuno. O sol deveria ter amuado com a chegada do primeiro insecto e mudado de casa com a irrupção do chimpanzé” (CIORAN, 2010, p. 47).

            Tomemos a coletânea de aforismos da obra Silogismos da amargura (2011b) para explicitar o conceito de antinatalismo associado à misantropia. Na referida obra Cioran expurga pensamentos sobre a humanidade, a história e a religião. Aí podemos ler os seguintes pensamentos:

 

Aquele que, por distração ou incompetência, detiver, ainda que só por um momento, a marcha da humanidade, será seu salvador [...]. Se os impotentes soubessem como a natureza foi maternal com eles, abençoariam o sono de suas glândulas e o louvariam nas esquinas das ruas [...]. Se Noé tivesse possuído o dom de prever o futuro, teria certamente naufragado [...]. O homem segrega desastre” (CIORAN, 2011b, p. 54, 86, 91, 93).

 

Portanto, em Cioran, percebe-se que tais reflexões pessimistas nos permitem associar o conceito de antinatalismo com a misantropia. Porém, isso não significa que Cioran foi um filósofo misantropo. Existe uma dicotomia entre a vida e a obra do filósofo romeno. Nos seus escritos, Cioran ataca a humanidade com uma agressividade misantrópica. Por outro lado, na vida cotidiana Cioran poderia ser descrito como sendo qualquer tipo de pessoa, menos um misantropo.

Sendo assim, aqui a misantropia não poderia ser identificada no âmbito patológico, mas sim como um produto resultante de uma reflexão exaustiva sobre o Homem e a História. Há em Cioran uma misantropia filosófica, se é que podemos dizer assim, cujo pensamento rejeita qualquer ideia positiva da procriação e justifica o ataque à humanidade através do antinatalismo.

Partindo desse ponto de vista, é inverossímil acreditar que se pode viver sem provocar algum dano. Ao se comparar com os demais seres vivos o homem é o ser mais destruidor, pois busca de forma desenfreada, a vontade de viver absorvendo o máximo que for possível da natureza e, por consequência, contribuindo cada vez mais para a destruição e o embrutecimento do mundo.

A pergunta que devemos fazer é se todo este processo destrutivo tem algo que possa apontar para uma concepção ética, ainda que negativa, que possa ressurgir das cinzas desta destruição, ou seja, em que medida a posição antinatalista de Cioran inclui uma perspectiva de salvação do mundo a partir da aniquilação do humano ou ao menos do antinalismo.

Tomando por base a potência destrutiva do ser humano, será que a hipótese antinatalista contribuiria para o renascimento da natureza, através de um processo de regeneração das espécies ameaçadas? Na perspectiva de Cioran não é possível identificar qualquer postura romântica no sentido rousseauniano, ou seja, uma volta a uma visão paradisíaca onde a natureza pudesse restituir sua harmonia.

O filósofo romeno não sustenta o ressurgimento de um novo homem, de uma nova existência ou de uma ideia de progresso para o mundo. Como também, não acredita nos valores e nos sistemas metafísicos concebidos pela humanidade. Sua filosofia reafirma que tudo está direcionado ao fracasso e isso reflete a completa ausência de esperança para as gerações futuras.

 Quiçá, o ideal do antinatalista para Cioran seria a estagnação e o quietismo. Análogo à conduta de Diógenes, o cínico, filósofo que vivia em um tonel, como um animal, saciando somente as necessidades imprescindíveis à vida. Diógenes, assim como Cioran, nutria desprezo pela humanidade e pela procriação. De acordo com o estudioso, o filósofo cético era misantropo ao sustentar que não haveria mais lástima caso a humanidade deixasse de existir. “Sua advertência preferida para seus contemporâneos era “enforcai-vos!” (NAVIA, 2009, p.56). Destarte, Diógenes também se configurava como um exemplo de antinatalista:

 

Seu celibato não nasceu, portanto, de aversão ou desdém por mulheres em particular, mas, provavelmente, e, parte, de seu menosprezo para com todos os seus semelhantes, fossem homens ou mulheres – razão pela qual é difícil associá-lo a discípulos ou, mesmo, a amigos (NAVIA, 2009, p. 57).

 

Consoante ao cínico Diógenes, Cioran destaca: “Para o animal, a vida é tudo; para o homem, é um ponto de interrogação” (CIORAN, 2011a, p. 129). Em resumo, podemos dizer que a tragédia do nascimento é a essência da filosofia cioraniana: o desespero, a repulsa e o desvario perante o sofrimento da vida. Uma filosofia pessimista que destaca: “Não nascer é, sem sombra de dúvida, a melhor fórmula que existe. Ela não está, infelizmente, ao alcance de ninguém” (CIORAN, 2010, p. 187).

Para o filósofo, a miséria é um componente ligado à própria condição da existência humana. “Ao constatar que a miséria está intimamente ligada à existência humana, não consigo mais aderir a nenhuma teoria ou a nenhuma doutrina de reforma social. Todas me parecem igualmente estúpidas e inúteis” (CIORAN, 2011a, p. 111). Seria possível concluir, então, que para o filósofo romeno o homem é digno de desprezo e a humanidade não deveria continuar a existir.

 

  1. O problema ético do antinatalismo

 

Tendo em vista a reflexão existencial do filósofo romeno, surge a questão: seria possível estabelecer uma ética na conduta antinatalista de Cioran? Podemos destacar que o antinatalismo de Cioran pode ser estabelecido por uma ética. Uma ética negativa voltada para desconstrução, que possui como característica o desprezo à humanidade que, além de destruir tudo em sua volta, se autodestrói.

Nesse sentido, a filosofia de Cioran aponta para a exclusão do homem no universo. A perspectiva de Cioran tem reflexos em uma ética negativa que não está direcionada no resgate de uma espécie de bem no sentido antropológico ou ecológico.

Para Cioran (2011c, p. 117) o homem é caracterizado como: “Um gorila que perdeu seus pêlos e os substituiu por ideais”. Em outras palavras, o homem para Cioran é caracterizado como um gorila dogmático por excelência que sofrerá e levará sofrimento à sua espécie enquanto ainda existir.

Diante dessa reflexão, podemos estabelecer em Cioran uma ética depreciativa que considera o homem como o verdadeiro problema da natureza. Por esse motivo, para ele, do ponto de vista moral, a humanidade deve ser suprimida. Como essa ética negativa prescreve a supressão? Através da piedade à geração futura, ou seja, com a abstenção de filhos.

Tendo em vista os problemas advindos do existir, passamos para a análise do problema ético do antinatalismo: enquanto os seres humanos estão fadados ao devir, o não ser ainda não sofreu a queda no tempo, isto é, o nascimento. O que fazer na existência? Como suportar tal martírio?

De acordo com o antinatalista Cabrera, temos de superar essa realidade, porém aquele que ainda não existe não deve passar por isso, isto é, aquele que ainda não nasceu não deve ser condenado a tal sofrimento. Reflexão que se alinha ao pensamento de Cioran por sustentar que a tragédia humana se apresenta na incapacidade de regressar no tempo, de voltar ao vazio da consciência, ou na possibilidade de não ter nascido. Uma vez que estamos presente no mundo e essa permanência é permeada por sofrimento e desgosto, como superar a inconveniência da vida?

Segundo Cioran, a superação da existência, da realidade martirizante dos que existem e sobrevivem no mundo, está na diminuição da consciência proporcionada pelo esquecimento:

 

Sem a faculdade de esquecer, o nosso passado pesaria de tal maneira que não teríamos forças para abordar nem mais um único instante, e muito menos para entrar nele. A vida só parece suportável às naturezas superficiais, a essas que, justamente, não se lembram (CIORAN, 2010, p. 38).

 

Sendo assim, para Cioran, o que resta é a estagnação humana e o quietismo cognitivo: “Deixo por escrito, para todos os que vierem depois de mim, que não tenho em que acreditar neste mundo e que a única escapatória é o esquecimento absoluto” (CIORAN, 2011a, p. 64). Logo, a aniquilação do pensamento é sustentada como estratagema de vida, pois de acordo com o filósofo, todo movimento é nefasto.

Em vista disso, aqui o esquecimento não deve ser compreendido no sentido literal da palavra. O esquecimento cioraniano deve ser interpretado como uma atitude cética que tem como característica a resignação e o quietismo diante das teorias do conhecimento.

Na sociedade, em geral, é disseminado a ideia de que a vida é sublime e, uma vez existindo, podemos desfrutar dos prazeres que a vida pode proporcionar mesmo que esta vida seja permeada pelo sofrimento, ou seja, o amor-fati como possibilidade de viver.

Conforme Cabrera (2011), essa posição filosófica está contida na Ética afirmativa que conduz o pensamento a sustentar que a vida, apesar do sofrimento intrínseco, é melhor do que nada. Segundo o autor, a Ética afirmativa reside na afirmação de que o pai é um ser benevolente e que essa benevolência está no fato de que o pai salva o filho das garras da não existência. Em analogia com a bondade do pai, está a bondade de Deus:

 

Um pressuposto fundamental da Ética afirmativa é que o sofrimento é melhor do que o nada. Sempre nos mantendo dentro do esquema filosófico voluntarista (Deus quer criar um mundo, o homem quer gerar um filho), é possível dizer (e o tem sido inúmeras vezes) que Deus cria um mundo por bondade, pois, apesar de não ser necessário para ele, acha “bom” que os outros aproveitem do “bem de ser” (CABRERA, 2011, p. 32).

 

Tal como Deus cria o mundo, o homem dá vida a um novo ser por uma imposição característica de sua natureza. A Ética negativa proposta por Cabrera rompe a ideia de obrigação e faz uma análise sistemática da não procriação como algo essencialmente bom. A Ética negativa concebe o amor pelo próximo como um sinal negativo que deve ser buscado em outro lugar.

Nesse ínterim, a Ética depreciativa de Cioran também rejeita a crença em que todo homem tem como dever, o propósito de gerar uma vida. Como um ato bondoso, a humanidade, por equívoco, concebe o nascimento como uma dádiva. Em contrapartida, esclarece:

 

As crianças viram-se, e devem virar-se contra os seus pais, e os pais nada podem fazer em relação a isso, pois estão submetidos a uma lei que rege as relações dos seres vivos em geral, segundo a qual cada um de nós gera o seu próprio inimigo (CIORAN, 2010, p. 89).

 

Incorporando os preceitos da tragédia de Édipo Rei e produzindo esboços pessimistas sobre a humanidade, a filosofia de Cioran sustenta que a vida é composta por dor e sofrimento, logo o nascimento é tido como fatalidade e aprisionamento. Como compadecer-se com a dor de quem por ventura virá fazer parte da existência?

É bem possível que o ser humano é o ser que mais sofre diante do devir. Tal posicionamento pode vir a ser interpretado como uma fatalidade do vir a ser homem. Ninguém tem a escolha de nascer ou de escolher o que ser. A vida não confere opção de escolha e o único meio de abster-se dela é através da última tentação, isto é, do suicídio.

No entanto, Cioran não considera o suicídio como estratagema de escape da vida, visto que: “Só suicidam os otimistas, os otimistas que não conseguem mais sê-lo. Os outros, não tendo nenhuma razão para viver, por que a teriam para morrer?” (CIORAN, 2011b, p. 68). Ainda declara: “Não vale a pena matarmo-nos, visto que nos matamos sempre demasiado tarde” (CIORAN, 2010, p. 32).

Cioran não sustenta o suicídio como subterfúgio da inconveniência da vida. Sua filosofia é tangenciada pelo ceticismo e é essa uma das posturas que o impede dessa ação. Para ele os mais adeptos ao suicídio seriam os otimistas, visto que estes poderiam se frustrar com o choque da realidade ou com o fracasso de suas ideologias. Ao passo que o pessimista já estaria resignado com o fracasso e a inutilidade das utopias confortantes.

Refletir sobre a ideia de conceber um novo ser humano para que ele exista e sobreviva em um mundo que inevitavelmente lhe causará dor e sofrimento identifica-se como uma atitude inconsistente e reprovável do ponto de vista moral. Faz necessário analisar as idiossincrasias decorrentes da procriação. A procriação é um ato que deve ser pensado com cautela, pois gerar uma vida implica consequências e impactos negativos para o mundo, bem como para o ser que vem ao mundo.

 

  1. Conclusão

 

Após as considerações de Cioran, além dos demais autores, constatamos que há sim um problema ético referente à geração de um novo ser. A humanidade não é benevolente: a própria natureza possuí um caráter egoísta e esse caráter é disseminado entre todos os seres vivos.

Em vista do que foi apresentado podemos obter novos elementos para pensar no conceito de antinatalismo e refletir com base nas perspectivas do filósofo estudado, concebendo a ética na sua proposta contrária à procriação. Nesse sentido, conforme o que foi observado ao longo dos capítulos é imoral continuar com o ciclo da vida humana.

No entanto a questão de ter ou não ter filhos, tópico conceitual que centraliza toda a nossa discussão, pode vir a ser aceita ou negada, pois, a priori, temos a liberdade de decisão. Não há nenhuma obrigação em ser pai/mãe, isso quer dizer que o “devo ser pai/mãe” pode ser substituído por “quero ser pai/mãe”. Em contrapartida, a partir de uma compreensão ampla da vida e da história, fomentar o ciclo da vida humana acaba resultando em um mal não só para o mundo, mas também para o futuro ser, isto é, para aquele que ainda não nasceu.

 

Referências

 

CABRERA, Julio. A ética e suas negações: não nascer, suicídio e pequenos assassinatos. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

 

CIORAN, Emil. M. Do inconveniente de ter nascido. Lisboa: Letra Livre, 2010.

 

______. Nos cumes do desespero. São Paulo: Hedra, 2011a.

 

______. Silogismos da amargura. Rio de janeiro: Rocco, 2011b.

 

______. Breviário de Decomposição. Rio de Janeiro: Rocco, 2011c.

 

______. História e utopia. Rio de Janeiro: Rocco Digital, 2011d.

 

NAVIA, Luis E. Diógenes, o cínico. São Paulo: Odysseus, 2009.

 

PIVA, Paulo. Odium fati: Emil Cioran, a hiena pessimista. Cadernos Nietzsche, v. 13, 2002, p. 67-88.

 

* O presente texto é uma versão, com título idêntico, do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Licenciatura em Filosofia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), ano 2021, sob orientação do professor Roberto Roque Lauxen.