Há espaço para o sagrado no horizonte conceitual e experiencial do homem contemporâneo?
Rogéria Guimarães Alves Bernardes
Doutora em Psicologia - UFF
Introdução
Há um consenso generalizado de que o período histórico conhecido como “Idade Moderna” tenha provocado radicais transformações nas relações humanas e nos contextos sociais, afetando, de maneira especial, o modo como a humanidade passou a se relacionar com a natureza, com o binômio saúde/doença, com o poder abstrato do Estado, com as noções de trabalho, de produtividade e de acumulação de bens, com as experiências de tempo e – dentre tantas outras transformações – com a construção identitária do sujeito. É fato corrente, no entanto, que, nenhum cenário parece ter sido tão drasticamente afetado quanto aquele que se relaciona com o âmbito do sagrado e do religioso.
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Expediente
Revista Paradigmas
Filosofia, Realidade & Arte
Ano XXIII - n. 54 ISSN 1980 - 4342
julho/agosto 2023.
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A crítica de Nietzsche à visão moderna da história
Ícaro Souza Farias
Doutorando, Filosofia, UFRJ
Mestre, Filosofia, UFF
A segunda extemporânea
Nietzsche escreveu sua segunda extemporânea, Sobre a utilidade e a desvantagem da história para vida, durante o inverno de 1973-1974. O livro em questão fez parte de um projeto que se consolidou em quatro extemporâneas. Para levar a cabo essa breve investigação sobre a segunda extemporânea é necessário aclarar o contexto histórico no qual a obra surgiu. Em outras palavras, é necessário entender as razões que motivaram Nietzsche a escrever o livro em questão. O próprio título já oferece sinais valiosos do intento nietzschiano, ou seja, pensar, refletir sobre a utilidade e a desvantagem da história para vida. A história, portanto, está sendo considerada enquanto objeto de reflexão tendo a vida como objetivo último. Nietzsche já esboça no título da obra que a história pode tanto ter aspectos vantajosos ou não do ponto de vista da vida.
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HÁ UMA EQUIVALÊNCIA ENTRE VIDA E FILOSOFIA?
JASSON DA SILVA MARTINS
Doutorando em Filosofia – (UFBA)
Mestre em Filosofia – (UNISINOS)
Introdução
Em breve momento na história – em algumas escolas helenísticas – podemos dizer que houve uma equivalência entre viver e filosofar. O que é mais comum à tradição filosófica é uma reflexão sobre vida e filosofia ou sobre existência e filosofia. Apesar de restrita, a discussão sobre uma possível equivalência entre viver e filosofar é permanente.
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