Gestar e dar à luz: trabalhos socialmente ignorados
ADENAIDE AMORIM LIMA
Doutoranda em Filosofia pela UFSM
Mestre em Educação pela UESB
LISIANE DA SILVA ZUCHETTO
Doutoranda em Filosofia UFSM
Mestre em Direito pela UPF
Introdução
Defendemos a procriação humana como trabalho. Conforme veremos ao longo deste texto, a procriação humana, semelhante às de outras espécies de animais, sempre esteve relacionada à sobrevivência da espécie, porém, diferentemente das outras espécies de animais, a finalidade do trabalho procriativo nos humanos adquiriu novos contornos e propósitos a partir da complexificação das organizações sociais, do surgimento do Estado e da acumulação do capital.
Não entraremos na questão da maternidade (relação mãe-criança) ou maternagem
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O TEMPO E O ESPAÇO NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
CEZAR AUGUSTO VIEIRA JUNIOR
Doutorando em Filosofia – (UFSM)
Mestre em Psicologia – (UFSM)
Bolsista CAPES
Introdução
Na busca da compreensão acerca da constituição do sujeito precisamos pensar, primeiramente, na questão da historicidade do ser humano. Isso significa dizer que ele é constituído através de sua história, mas não de uma forma isolada, pois ele também é parte do mundo e participa ativamente de sua construção em conjunto com a coletividade.
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Expediente
Revista Paradigmas
Filosofia, Realidade & Arte
Ano XXIII - n. 51 ISSN 1980 - 4342
janeiro/fevereiro 2023.
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Do etnocentrismo à alteridade: A ficção científica de Gabriel Tarde e Darcy Ribeiro
Edgar Indalecio Smaniotto
Mestre e Doutor em Ciências Sociais - Unesp/Marília
Fragmentos de história futura, de Gabriel Tarde, e Yvy-marãen: a terra sem males, ano 2997, de Darcy Ribeiro são duas obras de ficção científica que descrevem diferentes futuros utópicos. Ambas revelam muito do conhecimento das ciências sociais da época em que foram escritas, e como estes conhecimentos balizam nossa visão de sociedade. Afinal quando um autor escreve uma utopia, em geral ela faz um contraste entre a sociedade que vive e aquela imaginada, revelando as reformas que ele espera ver concretizadas em sua sociedade.
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UMA REFLEXÃO SOBRE A POBREZA
ADENAIDE AMORIM LIMA
Doutoranda em Filosofia – UFSM
Mestre em Educação – UESB
Introdução
É possível uma reflexão filosófica sobre a pobreza? Uma vez que a filosofia reflete em torno de conceitos, é sempre complicado abordar tópicos que não estão dentro de um horizonte conceitual prévio. A pobreza, como veremos abaixo, não é algo conceitual ou uma “realidade” historicamente estável. Refletir, então, sobre este tema pode significar expor o quanto o seu sentido foi mudando de acordo com a sociedade. Essa mudança, claro, não significa que a situação foi melhorando, mas sim que o tema foi sendo tratado de acordo com a situação histórica de cada sociedade.
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