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Espaço-poesia 

TRANSPORTE

Mas....às vezes
eu preciso do silêncio
como o pássaro precisa
das alturas para voar
Como o peixe
que busca
os abismos obscuros
e infinitos do mar
De repente,
meus tímpanos
são sensíveis
ao menor ruído
e meu cérebro
não consegue parar
Então,
busco o silêncio do cosmo
e a treva mais profunda
onde a ausência do som
aguce o meu espírito
e eclodam em mim
fluidos de abismos
e de distâncias cósmicas
qual bólides opostas
que se chocam
na nudez das essências.
E uma grande explosão ocarra
quebrando o silêncio
num borbulhar de luzes e de vida
e de repente... eu sou..


Maria Luiza de Paiva Diniz