Expediente
Revista Paradigmas
Filosofia, Realidade & Arte
Ano XXIII - n. 53 ISSN 1980 - 4342
maio/junho 2023.
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Heidegger e a dimensão existencial do corpo humano
Arlindo Antonio do Nascimento Neto
Mestrando em Filosofia – (UFBA)
Licenciado em Filosofia – (UESB)
Introdução
Discussões sobre o corpo são recorrentes na filosofia contemporânea. Filósofos como Merleau-Ponty, Foucault e Deleuze, entre outros, abordaram esse tema de modos diversos, sendo reconhecidos pela sua contribuição ao debate. Entretanto, quando pensamos em um dos maiores nomes da filosofia do século passado, o alemão Martin Heidegger, o mesmo não pode ser afirmado. No presente texto, objetivamos apresentar, de modo sucinto, uma possível contribuição de Heidegger ao debate filosófico contemporâneo sobre a dimensão existencial do corpo humano.Uma primeira ideia geral que é importante fixar é o seguinte: Heidegger busca desconstruir as concepções de homem herdadas da tradição filosófica. Sua postura consiste em recusar as concepções de homem herdadas do pensamento metafísico, tais como foramelaboradas quantoa nossa relação com o mundo.
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Nietzsche e as flutuações do ressentimento
Renato Nunes Bittencourt[1]
O ressentimento consiste na disposição psicofísica de se sentir novamente um afeto, geralmente desagradável para nosso senso pessoal de valoração. Não se trata apenas de uma mágoa ou sentimento de raiva perante um desagravo sofrido, mas acima de tudo de um remoer psíquico que evoca as recordações turbulentas que ainda maculam violentamente a afetividade da pessoa. É importante destacar essa informação pois também usualmente relembramos no presente vivências agradáveis de outrora, como se tal rememoração não apenas fosse uma recordação alegre de algo que já passou, mas também evocasse na atualidade os mesmos afetos originais. No entanto, não consideramos como ressentimento esse tipo de lembrança positiva do bom momento vivido no passado, pois o conceito de saudade, ainda que inquantificável, absorve essas disposições felizes do tempo que não está mais presente em ato. Por isso enfatizamos o estado de ressentimento como uma experiência psicofísica desagradável para quem padece desse transtorno, inclusive com seus tons orgânicos, tal como Nietzsche esmiúça:
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Revista Paradigmas 55
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Uma receita estoica para enfrentar as adversidades da vida
Jasson da Silva Martins
Doutorando em Filosofia - UFBA
Escrevi o presente texto como resposta aos meus interlocutores que acham difícil colocar em prática os preceitos da filosofia estoica hoje. Quero alertá-los, de saída: é preciso conhecer algo da filosofia estoica e, em seguida, praticá-la. Não são exigências fáceis, mas também não são inalcançáveis como alguns pensam. O pressuposto é muito antigo e simples, como dizia Espinosa: tudo que é bom e edifica é raro e difícil de conseguir. Viver de forma estoica é levar uma vida coerente, ritmada pelo exercício, cuja repetição permite transformar profundamente a nossa maneira de viver. Adaptados ao nosso contexto, os princípios e os exercícios estoicos podem ser um grande auxílio, cuja finalidade é ser livre e viver feliz.
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