O absurdo da existência em Camus: Reflexões sobre sua peça O equívoco
Maurício Uzêda de Faria
Doutorando em Filosofia - UFBA
A revolta e o absurdo são noções centrais na filosofia de Camus. Além de estarem presentes, como núcleos principais, em O homem revoltado e O mito de Sísifo, respectivamente, os referidos temas perpassam também suas obras literárias, como O estrangeiro, A peste, O equívoco, etc. A relação entre as duas noções é exposta nas primeiras páginas de O homem revoltado, em que Camus relaciona o problema do suicídio e do absurdo, como aparece em O mito de Sísifo, ao do homicídio e da revolta, em O homem revoltado (CAMUS, 1999, p.15). Embora neste último ensaio Camus trate principalmente do assassinato como ação política, em outros momentos podemos ver como este problema – do “direito” de matar, ou do crime travestido de inocência – aparece fora da esfera política.
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Expediente
Revista Paradigmas
Filosofia, Realidade & Arte
Ano XXIV - n. 57
ISSN 1980 - 4342
janeiro/fevereiro 2024
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Cosmopolíticas do (im)possível? Notas sobre comunicações pato-dialógicas entre o si, os outros e o mundo
Cassiana Lopes Stephan
Doutora em Filosofia – UFPR
Mestre em Filosofia – UFPR
Prólogo
O texto que lhes apresentarei é resultado de entrecruzamentos inacabados entre filosofia e literatura; entrecruzamentos motivados por uma vontade ético-política de imaginar outras formas de interação e comunicação neste mundo e para este mundo. Hoje, a questão que me move é: Cosmopolíticas do (im)possível?
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Surgimento e objetivo do cogito agostiniano
Daniel Gomes Cunha
Graduado em Filosofia (UESB)
Aurélio Agostinho, posteriormente conhecido como Santo Agostinho, bispo de Hipona, em uma obra de juventude, intitulada Contra os acadêmicos, formulou pela primeira vez uma concepção de cogito, muito antes de Descartes. Se esta ideia é anterior à filosofia moderna, ela guarda alguma semelhança? Com que objetivo Agostinho desenvolveu essa ideia? Responder estas perguntas é o nosso objetivo no que segue.
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Duas conjecturas sobre a origem do patriarcado moderno
Adenaide Amorim Lima
Doutoranda, Filosofia, UFSM
Patriarcado, o leitor certamente já ouviu algo sobre esse termo e deve fazer uma ideia do que ele significa. No presente texto não pretendemos fazer uma discussão profunda sobre o tema, mas apresentar algumas ideias que estão na origem desse modo de pensar as relações humanas.
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