Infocracia e dominação subjetiva digital
Renato Nunes Bittencourt
Doutor em Filosofia pelo PPGF-UFRJ. Professor do Curso de Administração da FACC-UFRJ
O que chamamos de Cibercultura é o conjunto de fenômenos comunicacionais da revolução informacional ocasionada pela expansão da Internet pelo nosso mundo e suas inevitáveis mudanças comportamentais que estabeleceram a transição do analógico para o digital.Quem viveu a transição entre o mundo anterior aos paradigmas da Internet e a instauração da grande rede sabe muito bem o quanto as formas comunicacionais e as relações sociais foram modificadas com essa revolução tecnológica, alterando inclusive nossa percepção de tempo e de espaço. Uma carta enviada para nosso destinatário demorava dias para chegar e eventualmente corria-se o risco do extravio, de modo que os correios atuavam como uma grande força da contingência em nossa vida administrada.
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Espaço-poesia
No labirinto do viver
No labirinto do viver
Entre o caminhar e crescer
O mais importante são as perguntas
E as respostas sendo doces ou amargas
São combustível para o tempo
Anseios combinam com dúvida
Entre os laços que clareiam o divino
A clareza nem sempre é presente
Sentir deve ser conivente
Só para o que oriente
Este furacão que é sentir e viver
Robson Peres
Poeta e autor de vários livros
Violinista
O que está em jogo na reflexão sobre o suicídio?
João Marcos Fernandes Fagundes Neves
Bacharel em Filosofia - Claretiano
Várias áreas do conhecimento desenvolveram teses, estudos e questionamentos sobre a morte voluntária, como a sociologia, a teologia, e a psicologia. A literatura, embora em muito seja considerada ficcional, recria e transmite, através da mimese, a realidade como ela se apresenta. Ela sempre se mostrou um campo favorável a essa discussão. É certo que em todos os séculos da literatura a problemática da morte voluntária se fez presente. Muitos literatos versaram sobre essa temática; um deles foi Dostoiévski, ao narrar o suicídio de Kirilov no romance Os demônios e as motivações suicidas do protagonista homônimo do conto O sonho de um homem ridículo. No que segue, discutiremos o suicídio a partir do conto, pois ele reelabora a discussão do suicídio e desperta no leitor reflexões sobre o assunto.
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HÁ UMA EQUIVALÊNCIA ENTRE VIDA E FILOSOFIA?
JASSON DA SILVA MARTINS
Doutorando em Filosofia – (UFBA)
Mestre em Filosofia – (UNISINOS)
Introdução
Em breve momento na história – em algumas escolas helenísticas – podemos dizer que houve uma equivalência entre viver e filosofar. O que é mais comum à tradição filosófica é uma reflexão sobre vida e filosofia ou sobre existência e filosofia. Apesar de restrita, a discussão sobre uma possível equivalência entre viver e filosofar é permanente.
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GPT-3 e a pausa na inteligência artificial: razões éticas ou negócios?
João de Fernandes Teixeira
Doutor em Filosofia - Univ. de Essex - Inglaterra
Recentemente fomos surpreendidos por um episódio inusitado na comunidade internacional de pesquisadores da inteligência artificial. Grandes nomes do mundo científico e tecnológico, além de intelectuais e pensadores assinaram um manifesto reivindicando uma pausa de seis meses no desenvolvimento da IA. É bem pouco provável que ela aconteça, mas precisamos investigar as razões pelas quais ela foi proposta.
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