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Entrevista

José Sobreira de Barros Júnior

 

Colaboração: Luiz Meirelles

 

1.       Como você vê o papel da filosofia na sociedade do século XXI?

 A filosofia tem um papel essencial, principalmente quando os pensadores vão refletir sobre as relações do homem e a sociedade, como é possível o Eu individual quebrar e apresentar novos paradigmas, novas estruturas sociais, penso a filosofia tendo  um papel fundamental

nesse sentido de reconstrução constante do homem e da sociedade construída pelas relações dos homens com a natureza.

 

2.       Qual deve ser o foco principal do debate filosófico?

Percebemos muito o debate sobre a questão do poder, creio ser necessária uma ampla diversificação, nosso mundo é muito subjetivo na atualidade, então a filosofia deveria destacar, unificar um pouco o subjetivo com o objetivo do cotidiano social.

 

3.       Dentre as preocupações principais da filosofia, encontramos sempre filósofos refletindo sobre a questão do poder.  Diante das inovações comunicacionais, quais autores poderiam ser indicados para esse debate?

Temos vários autores preocupados com novas abordagens no campo da filosofia, todos refletindo a instabilidade do mundo (pós) moderno como querem muitos, não colocaria um nome em especial, penso nas escolas e creio que os pensadores da Escola de Frankfurt ocupam um espaço de destaque principalmente na critica da razão moderna e de um novo olhar na reconstrução da modernidade.

 

4.       É comum ouvirmos a expressão de que “vivemos numa sociedade hegeliana”. Quais fatores da tese hegeliana são palpáveis em nossa sociedade? Há alternativas melhores?

Quando percebemos a chamada “razão administrativa” que tudo nos cerca, não podemos deixar de pensar em Hegel e a questão do “calvário da razão”, porém, essa razão é construída pelos homens nas suas amplas dimensões, alternativas a Hegel? Sim temos: Marx,  Sartre,Benjamim, Horkheimer,Bloch,Habermas,Rorty,Focault, Marcuse para ficarmos em alguns principais filósofos modernos e contemporâneos.

 

5.       Uma das constatações dos pensadores da Escola de Frankfurt foi o problema da totalidade. Há algum caminho que permita o rompimento dessa totalidade? Em que isso resultaria?

Sim, eles apontaram  a necessidade de transpor a totalidade, alguns filósofos apontados acima têm uma aproximação aqui e ali com alguns pontos de questionamento da Escola, também apresentaram caminhos, o rompimento deve ser urgente, pois o mundo da totalidade é um mundo  totalitário, que nos sufoca com suas verdades estabelecidas. O rompimento quem sabe poderia tornar possível uma construção harmônica da busca dos homens e mulheres na sua realização de liberdade, o bem supremo que devemos estar sempre perseguindo e objetivando no filosofar contemporâneo.